No mês de fevereiro, vamos
dispensar um reconhecimento a Valentim, o sacerdote do século III que foi martirizado
em Roma no reinado do imperador Cláudio e cujo dia foi celebrado a 14 de
fevereiro, o que continua a acontecer até hoje. Os detalhes da vida de São
Valentim são obscuros. Os estudiosos eclesiásticos não conseguiram descobrir
qualquer motivo para que ele se tornasse o santo padroeiro dos namorados e do
romance. Os historiadores lembram que meados de fevereiro era a ocasião do licencioso
festival romano da fertilidade, Lupercalia, quando as mulheres procuravam cura
para a infertilidade. Os folcloristas, por sua vez, remontam a orgia moderna de
envio de cartões e jantares à luz de velas à antiga convicção rural de que as aves
iniciam o acasalamento a 14 de fevereiro. Qualquer das duas ou ambas as
explicações podem ser corretas. Parecem ilustrar a habilidade com que os antigos
líderes da Igreja se apropriaram de superstições pagãs para seus propósitos. Mas não há qualquer razão cristã para que São Valentim seja o único santo no
calendário cuja festa é celebrada hoje com um fervor universal.
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