King Eadwig - 955 - 959 |
O historiador que
examinasse um assunto específico como o comportamento sexual nos anos em torno
de 1000 não teria praticamente nada sobre que trabalhar, a não ser algumas
frases na Life of St. Dunstan, descrevendo o decadente rei Eadwig, que
escandalizou os grandes da terra ao deixar de aparecer na festa da coroação, em
955. Quando Dunstan ousou entrar no aposento real, encontrou a coroa de pedras
preciosas da Inglaterra jogada no chão, com o maior desrespeito. O rei se
divertia na cama, com o maior vigor, desfrutando os charmes de uma jovem que,
por tudo o que sabemos, podia ser a equivalente anglo-saxônia de uma estagiária
da Casa Branca... com a mãe se divertindo na mesma cama ao seu lado. Foram os
normandos os primeiros que se empenharam em destruir todos os testemunhos da
intensa cultura nativa que existia na Inglaterra antes de sua chegada, em 1066.
Cada catedral anglo-saxônia foi quase que totalmente reconstruída. Mas foi o
caos subseqüente à dissolução dos mosteiros por Henrique VIII, no século XVI,
que levou à maior destruição. Manuscritos antigos de valor inestimável foram
queimados, usados em tambores e no isolamento de telhados, ou para forrar
barris e encadernar livros. Em conseqüência, basta uma manhã para ler toda a
poesia anglo-saxônia sobrevivente. Sobre o principal comércio da Inglaterra na
passagem do primeiro milênio sabemos ainda menos do que sobre a vida sexual do
rei Eadwig. Maio era o mês da tosquia. Os animais eram lavados primeiro, a lã tosquiada
e depois enxaguada numa série de banhos.
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