domingo, 5 de junho de 2016

Dicas de adaptação




  Uma vez por semana, alguém me escreve perguntando o que fazer ("peloamordedeus!") para facilitar o entrosamento entre bigodes veteranos e novato. Resolvi publicar as dicas aqui no blog, assim vocês podem palpitar também. Antes de qualquer coisa, é preciso esclarecer que nenhum bicho morre de amores por outro instantaneamente.

   Isso significa que a adaptação leva um tempo e não adianta querer pular etapas. O novo hóspede deve ficar em um cômodo separado, até se acostumar com a casa e com a família humana. Quando a ansiedade baixar, coloquem um paninho com o cheiro dos futuros amigos para ele sentir e dêem à turma algo com o cheiro dele também. 

   Num segundo momento, deixem que os peludos se vejam pela janela ou por uma frestinha da porta. Enquanto eles demonstrarem resistência, não vale a pena misturar. A troca de fuzzzzzzzz no primeiro contato é normal e integra o pacote. Para conter possíveis arranca-rabos, tenham a mão um borrifador de água ou uma latinha com moedas barulhentas. 

   Se a presença do "intruso" estiver associada a coisas boas, as chances de sucesso da empreitada aumentam. Distribuam guloseimas, brinquedos e carinhos sempre que rolar o cara-a-cara. Para encerrar o post, eis a lista dos erros cometidos com frequência:

* Deixar o novato solto e os veteranos presos – além de terem de dividir as atenções e a comida com uma boca a mais, os coitados ainda perdem território? 
* Fazer diferenciações que provoquem ciúme em um dos lados – vocês também descontariam a frustração no privilegiado, não descontariam?
* Desistir da adoção antes do período considerado mínimo para a adaptação – como escrevi no começo do texto, amor à primeira vista só existe no cinema.
blog.gatoca.com.br

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