Em mim... paz. (Jo
16.33.)
Há uma vasta diferença entre felicidade, no sentido comum,
e felicidade, no sentido de bem-aventurança. Paulo sofreu prisões e dores,
sacrifícios e sofrimentos até ao extremo; mas em meio a tudo, estava feliz.
Todas as bem-aventuranças enchiam seu coração e vida no meio daquelas
condições.
Paganini, o grande violinista do passado, apresentou-se
ao seu auditório certo dia e descobriu, logo após os aplausos iniciais, que
havia algo errado com o violino. Olhou-o por um momento e viu que aquele não
era o seu valioso instrumento.
Sentiu-se paralisado por um instante, mas depois, voltando-se
para o auditório, explicou o engano. Retirou-se por um momento, procurou-o
atrás da cortina, no lugar onde provavelmente o teria deixado, mas percebeu que
alguém o tinha roubado, deixando o outro no lugar. Ficou ali por uns instantes,
e depois veio para o auditório e disse:
"Senhoras e senhores: vou mostrar-lhes que a
música não está no instrumento, mas na alma.", E tocou como
nunca dantes. E a música se derramou daquele instrumento de segunda mão, ao
ponto de o auditório ficar arrebatado de entusiasmo, e os aplausos quase
romperam o teto, pois aquele homem lhes havia mostrado que a música não estava
no instrumento, mas em sua alma.
É sua missão, amigo que está sendo provado e testado,
andar no palco deste mundo e revelar a toda a terra e Céu que a música não está
nas circunstâncias, nem nas coisas, nem no que é exterior, mas que a música da
vida está em sua própria alma.