domingo, 27 de janeiro de 2019

Mozart ................ 27 de janeiro de 1756


A grande viagem da família Mozart (1763-1766) foi uma longa excursão musical pelas capitais e principais cidades da Europa feita por leopold Mozart, sua esposa Anna Maria e seus filhos Maria Anna (Nannerl) e Wolfgang Amadeus, de onze e sete anos, respectivamente. Leopold era um dos músicos da corte do Príncipe Arcebispo de Salzburgo e em 1763 já ocupava o cargo de mestre de Capela.
Ao contrário do que se pensa, os irmãos Mozart talvez não tenham sido as únicas crianças prodígios do século XVIII na área musical: o escritor Gary Spruce cita o caso de William Crotch de Norwich que em 1778, aos três anos, já dava recital de órgão, e diz que há centenas de casos semelhantes a este. O estudioso britânico Jane O'Connor relata a popularidade das crianças prodígios durante essa época como "a concretização do potencial de entretenimento e o valor fiscal de uma criança que, sozinha, foi de alguma forma extraordinária."
O desejo de Leopold era começar a sua jornada o mais cedo possível: quanto mais jovens fossem as crianças, mais espetacular seria a demonstração dos seus dotes artísticos. A rota que ele pretendia tomar incluía o sul da Alemanha, a Áustria, Paris, Suécia e possivelmente o norte da Itália. Leopold só planejou ir para Londres após algumas pressões circunstanciais durante a visita a Paris e, além disso, a viagem para os Países Baixos foi um desvio não-planejado.
Seja qual for a verdadeira quantia das recompensas financeiras que receberam na turnê, os Mozarts continuaram a viver em seu apartamento na Rua Getreidegasse, e Leopold retomava suas funções como um músico da corte. O que parece ser unanimidade nas observações dos críticos musicais, biógrafos e estudiosos em Mozart, entretanto, é o fato de que a viagem lhe serviu como a maior experiência profissional de sua vida, uma jornada em que ele adquiriu a vivência do mundo musical cosmopolita e pôde adquirir um senso crítico com a recepção dos públicos e dos diversos músicos com quem conviveu durante toda a jornada.
Curiosidade: Sabe-se que Mozart havia sido o coordenador de um concerto real, recebendo um salário de 150 florins da corte.

Viagens de Mozart são catalogadas e viram rotas turísticas

KUIS LIDÓN
da EFE, em Viena

Reviver as viagens do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) é o objetivo de uma associação com sede em Salzburgo que catalogou, em 18 rotas européias, os caminhos trilhados pelo gênio da música ao longo de sua vida.
Segundo Gerhard Spitz, secretário-geral do projeto "Os caminhos de Mozart", o compositor passou 3.720 dias de sua vida viajando, ou seja, um total de dez anos, dos 35 que viveu.

O cálculo se baseia nas estimativas da Fundação Mozarteum, de Salzburgo, que reúne 75 cidades, regiões e organizações e é a responsável por guardar o legado cultural do compositor que mais produziu na história, autor de obras-primas como "O Casamento de Fígaro", "A Flauta Mágica" e "Don Giovanni".
Sua primeira viagem o levou a Munique, em 1762, onde se apresentou para o príncipe da Baviera Maximilian III Joseph. Na época Mozart tinha apenas seis anos. A última cidade visitada por Mozart foi Praga, em 1790, um ano antes de sua morte.

Nesse período, Mozart escreveu mais de mil composições e deixou muitas outras sem terminar, o que não tem precedentes na história da música, garante Spitz.
As viagens de Mozart se dividem em 18 rotas, passando por Áustria, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Suíça, Holanda, Bélgica, República Tcheca e Eslováquia.

"Os caminhos de Mozart" mostram os lugares pelos quais o compositor passou, como Paris. Na capital francesa, sua mãe, Anna Maria, morreu em uma de suas viagens de rotina. Já em Canterbury, Reino Unido, Mozart participou de uma corrida de cavalos.
Catedral de Salzburgo, onde Mozart fez sua estreia como sinfonista na sua cidade natal em Dezembro de 1766

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