Ela
nasceu em Kensington, Middlesex, 25 de janeiro de 1882 e morreu em Lewes, Sussex, 28 de março de 1941, foi uma
escritora, ensaísta e editora britânica, conhecida como uma das mais
proeminentes figuras do modernismo.
Estreou-se na literatura em 1915 com o romance The Voyage Out, que
abriu o caminho para a sua carreira como escritora e uma série de obras
notáveis. Morreu em 1941, tendo cometido suicídio.
Virginia Stephen não frequentou escola, foi
educada, em vez disso, por professores particulares e através de aulas com seu
pai. Ela era impressionada pelo trabalho literário e pelo trabalho de editor do
monumental Dictionary of National Biography de seu pai e também por sua vasta
biblioteca particular, daí desde cedo a expressão de tornar-se escritora. Em
cinco de maio de 1895, quando morreu sua mãe, Virginia, então com 13 anos,
sofreu seu primeiro colapso mental. Sua meia irmã Stella, quem primeiro
comandou a casa após a morte da mãe, casou-se dois anos depois com Jack Hills
e, com isso, deixou a casa da família. Stella morreu pouco depois de sua lua de
mel em razão de uma peritonite.
De 1882 a 1894, a família passou suas férias de
verão em Talland House, sua residência de verão com vista para a praia de Porthminster
e para o farol de Godrevy Point. A casa era localizada na pequena cidade
litorânea de St. Ives em Cornualha, que em 1928 tornou-se uma colônia de
artistas. Virginia descreve o local em suas memórias:
Nossa casa era [...] no morro. [...] Tinha uma
ótima vista [...] de toda a baía até o farol Godreyver. Na encosta do morro,
havia pequenos gramados que eram emoldurados por moitas maiores [...].
Entrava-se em Talland House por um grande portão de madeira – [...] e vinha-se,
então, à direita para Lugaus [...] De Lugaus, tinha-se uma visão bastante clara
da baía.
Em 26 de junho de 1902, o pai de Virginia foi
nomeado Cavaleiro da Mais Honorável Ordem do Banho. Durante esse período,
Virginia escreveu diversos ensaios e os preparou para publicação. Em janeiro de
1904, Virginia teve seu primeiro artigo publicado no suplemento feminino
impresso pelo The Guardian. Em 22 de fevereiro de 1904, seu pai morreu de
câncer. Isso significou um período de ruptura, que foi marcado pela exaustiva
convivência de Virginia com a difícil personalidade de Leslie.
Em seu último bilhete para o marido, Leonard Woolf,
Virginia escreveu:
Querido,
Tenho certeza de que enlouquecerei novamente. Sinto
que não podemos passar por outro daqueles tempos terríveis. E, desta vez, não
vou me recuperar. Começo a escutar vozes e não consigo me concentrar. Por isso
estou fazendo o que me parece ser a melhor coisa a fazer. Você tem me dado a
maior felicidade possível. Você tem sido, em todos os aspectos, tudo o que
alguém poderia ser. Não acho que duas pessoas poderiam ter sido mais felizes,
até a chegada dessa terrível doença. Não consigo mais lutar. Sei que estou
estragando a sua vida, que sem mim você poderia trabalhar. E você vai, eu sei.
Veja que nem sequer consigo escrever isso apropriadamente. Não consigo ler. O
que quero dizer é que devo toda a felicidade da minha vida a você. Você tem
sido inteiramente paciente comigo e incrivelmente bom. Quero dizer que – todo
mundo sabe disso. Se alguém pudesse me salvar teria sido você. Tudo se foi para
mim, menos a certeza da sua bondade. Não posso continuar a estragar a sua vida.
Não creio que duas pessoas poderiam ter sido mais felizes do que nós.
V.
Muitas discussões
foram travadas em torno dos problemas psiquiátricos de Woolf, descrito como
“doença maníaco-depressiva” no livro The Flight of the Mind: Virginia Woolf’s Art and Manic-Depressive Illness, de Thomas
Caramagno, de 1992, em que ele também alerta contra o “gênio neurótico” com que
se vê problemas psiquiátricos, onde as pessoas acreditam que a criatividade de
alguma forma nasce desses problemas (o termo “maníaco-depressivo” foi
abandonado por “transtorno bipolar” devido à infundada associação daquele a
atos violentos). Em dois livros de Stephen Trombley, Woolf é descrita como
tendo uma relação conflituosa com os seus médicos, e possivelmente sendo uma
mulher que foi uma “vitima da medicina masculina”, referindo-se à ignorância de
então sobre doenças psiquiátricas.
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