terça-feira, 26 de maio de 2020

Deus do impossível

Brota, ó poço! Entoai-lhe cânticos! (Nm 21.17.)
Eis um estranho cântico e um estranho poço. O povo tinha estado caminhando sobre o chão árido do deserto, sem nenhuma água à vista, e estava sedento. Então Deus falou a Moisés, dizendo:
"Ajunta o povo e lhe darei água." E foi assim que a água brotou.
Eles se reuniram em círculos, na areia, tomaram os seus bordões e cavaram fundo na terra ardente. E enquanto cavavam, cantavam.
"Brota, o poço! Entoai-lhe cânticos." E lá veio um som borbulhante, um brotar de água e uma corrente que encheu o poço e escorreu pelo chão.
Quando eles cavaram esse poço no deserto, tocaram o curso dágua que corria lá no fundo e alcançaram as torrentes que há muito estavam ocultas.
Como é bonita esta figura, que nos fala do rio de bênçãos que corre pela nossa vida e que temos apenas que alcançar pela e louvor, para termos supridas as nossas necessidades no mais árido deserto.
Como alcançaram eles as águas deste poço? Louvando. Cantaram sobre a areia o cântico de fé, enquanto, com o bordão da promessa, cavavam.
O louvor ainda hoje pode abrir fontes no deserto, sendo que a murmuração só nos trará juízo, e às vezes a própria oração pode falhar em alcançar as fontes de bênção.
Nada agrada tanto ao Senhor como o louvor. Não há prova de fé tão verdadeira como a graça da gratidão. Será que estamos realmente louvando a Deus? Estamos dando graças por Suas bênçãos presentes, que são mais do que se pode contar, e será que O louvamos até mesmo por aquelas provações, que não passam de bênçãos disfarçadas? Acaso já aprendemos a louvá-lO de antemão pelas coisas que ainda não vieram? — Selecionado
retirado do livro: Mananciais no Deserto

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